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  3. 2018
  4. Janeiro

Casos de acidentes com animais peçonhentos aumentam 61% no verão em Caxias do Sul

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O número de acidentes com animais peçonhentos aumenta 61% nos meses de verão em relação aos demais períodos do ano. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), de abril a novembro, a média é de 18 casos desse tipo em Caxias do Sul por mês; e de dezembro a março, esse índice pula para 29 casos mensais. Em todo o ano de 2017, 262 casos foram notificados.

Os episódios que envolvem aranhas são os mais frequentes, seguidos pelas picadas de serpentes. Frente aos riscos, a diretora da Vigilância em Saúde, Maria Ignez Bertelli, orienta quanto aos principais cuidados a serem tomados para evitar esse tipo de acidente. “Ao se expor a situações ou locais propícios, como matas, campings e galpões, as pessoas devem usar luvas e sapatos bem fechados. Também recomenda-se inspecionar roupas, calçados e toalhas antes de usar e não colocar as mãos em buracos na terra, em árvores ou sob lenhas e pedras”, exemplifica Maria Ignez.

Se mesmo adotando os cuidados, ocorrer algum acidente com animal peçonhento, o melhor a fazer é procurar atendimento médico imediatamente. Só um profissional de saúde poderá avaliar a gravidade de cada caso e orientar quanto ao melhor tratamento. “O ideal é lavar o local da picada com água e sabão, manter a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao serviço de saúde”, explica Maria Ignez.

Em Caxias do Sul, as vítimas podem procurar tanto as Unidades Básicas de Saúde quanto os serviços de urgência e emergência.

Confira outras orientações repassadas pela SMS:

Dicas de prevenção

- Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer

- Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nestes locais, é sugerido o uso de um pedaço de madeira, enxada etc

- Não mexer em colmeias ou vespeiros. Caso estes estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para remoção

- Inspecionar roupas, calçados, toalhas, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los

- Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas de cama fora dos armários

- Não deixar que lençóis ou cobertores sobre as camas e berços encostem no chão. Escorpiões e aranhas podem utilizá-los como apoio para subir e se abrigar entre esses tecidos e travesseiros

- Se encontrar um animal peçonhento, afastar-se com cuidado e evitar assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto. Procurar a autoridade de saúde local para orientações

- Em locais rochosos ou com pedras soltas, caminhar sempre com os pés protegidos por um calçado firme, de solado antiderrapante (tênis ou sapatilha)

- Em atividades de pesca, manusear cuidadosamente os peixes durante sua retirada do anzol ou rede

- Em rios e lagos, atenção com o risco de ferimentos por arraias, bagres ou quaisquer outros animais aquáticos perigosos conhecidos na região. Em áreas de reconhecida ocorrência de arraias, caso seja indispensável andar dentro da água, tatear o caminho com um pedaço de madeira e arrastar os pés no chão, cuidadosamente, ao caminhar

Em caso de acidentes

- Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retirar acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados

- Não amarrar (torniquete) o membro acometido e, muito menos, cortar e/ou aplicar qualquer tipo de substância (pó de café, álcool, entre outros), no local da picada

- Não ingerir ou oferecer bebida alcoólica ao acidentado

- Não tentar “sugar com a boca” o veneno, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local

- Informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal causador do acidente, como tipo de animal, cor, tamanho, etc.

Assessoria de Imprensa - SMS

Foto por Divulgação Internet