Mais uma edição da campanha “Se esse Natal fosse meu” da Fundação de Assistência Social (FAS) chegou ao fim recheada de alegria e solidariedade. As diretoras de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade da FAS, Ana Maria Pincolini e Eler Sandra de Oliveira, realizaram a entrega dos presentes para os usuários atendidos no Centro Pop e nas casas de passagem São Francisco de Assis e Carlos Miguel dos Santos.
O encontro foi na última quinta-feira (20/12) no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Lourdes. Antes da entrega dos presentes, a equipe da FAS se reuniu com as mais de 40 pessoas em situação de rua participantes para conversar sobre o funcionamento da campanha e como as secretarias e autarquias municipais colaboraram na adoção das cartinhas.
Uma delas foi escrita por Scarlett Larissa Amaral, de 21 anos. Na carta, ela contou um pouco sobre sua vida e o motivo de estar na casa de passagem. A jovem estava em situação de rua quando teve seus pertences e documentos roubados. Hoje ela está em tratamento contra a depressão com a equipe técnica da Casa de Passagem São Francisco de Assis, local onde está acolhida. Funcionários que ela já considera como parte da família.
“Eu achei bem bacana que uma pessoa se sensibilizou com a minha história. Ela me mandou uma carta entre os presentes contando um pouco da sua história também. Relatou que já teve depressão, que pessoas a ajudaram e que sabe o que estou sentindo. Vou procurá-la para agradecer e talvez marcar um encontro pra nós nos conhecermos”, relata Scarlett.
Para o novo ano que se aproxima, a jovem deseja saúde e perseverança para que consiga mudar sua vida, trabalhar e ser feliz. “Não é a primeira vez que passo na Casa. Estou tentando parar com o uso de drogas, sofro de depressão e sigo em tratamento. Mas a equipe está me ajudando bastante, porque a rua não é um local seguro. Agora tudo está melhorando e estou sentindo que vai melhorar ainda mais”, complementa.
“As pessoas em situação de rua, por vezes, não recebem um carinho seja em forma de ação ou palavra. Quando eu trabalhava no Centro Pop, ouvi o relato de um usuário do serviço que havia recebido seu primeiro bom-dia da equipe, já que durante o trajeto até o local ele havia cruzado por diversas pessoas que não o enxergaram como ser humano”, relatou Eler.
No encontro, as diretoras ainda relembraram o espírito natalino, as boas ações praticadas nessa época do ano e a importância do serviço prestado às pessoas em situação de rua, como o Centro Pop e as casas de passagem. "Desejamos a todos muita saúde, pois para os demais objetivos estamos aqui para auxiliá-los", complementou Ana Maria.
Nem todas as 104 cartas da campanha “Se esse Natal fosse meu” foram adotadas. Por isso, a equipe da FAS montou kits de presentes para 36 delas, que não foram apadrinhadas. A árvore da 2ª edição percorreu as secretarias municipais da Educação (Smed), do Esporte e Lazer (Smel) e da Saúde (SMS); o Centro Administrativo e a sede do Instituto de Previdência e Assistência Municipal (IPAM). Neste ano, as cartinhas também puderam ser adotadas por e-mail.
Foto por Veronice Paim
Foto por Veronice Paim
Foto por Veronice Paim
Foto por Veronice Paim
Foto por Veronice Paim
Foto por Veronice Paim
Procon entrega presentes no SCFV Cruzeiro do Sol
No mesmo clima da campanha da FAS, o Procon de Caxias do Sul promoveu pela primeira vez, neste ano, a ação “Natal Para Todos”. Ao todo, 63 cartinhas com pedidos de crianças e adolescentes entre seis e 15 anos, atendidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Cruzeiro do Sol, foram disponibilizadas para adoção da comunidade. Consumidores atendidos pelo órgão, funcionários e até familiares dos servidores se mobilizaram na compra dos pedidos.
Pelo menos 18 cartas não foram escolhidas. Para que ninguém ficasse desassistido, o Procon firmou um Compromisso de Ajustamento de Conduta (CAC) com uma empresa da cidade. Em vez de pagar multa, a reparação de danos ao consumidor se deu por meio da compra dos presentes não contemplados. A entidade beneficiada foi selecionada pela FAS e integra os serviços da Fundação. A unidade atende jovens em vulnerabilidade social da zona Leste da cidade com atividades no turno contrário ao da escola.
A pequena Ana Pereira Rosa, de seis anos, ficou muito contente com a iniciativa. “Eu ganhei uma boneca que fala, e era bem o que eu tinha pedido. Eu fiz esse pedido porque eu só tinha uma boneca. Ela vai se chamar Gabriela”, conta. Gustavo Moraes, de oito anos, ganhou uma chuteira. “Eu fiz esse pedido porque quero ser jogador de futebol quando crescer. A minha chuteira já estava muito gasta”, relata. Victor Borges, de 12 anos, recebeu uma mochila. “Fiquei muito feliz, porque minha família não teria como comprar uma mochila dessa qualidade. As que eu tinha estragavam muito rápido”, agradeceu.
Foto por Mateus Argenta
Foto por Mateus Argenta
Foto por Mateus Argenta
Foto por Mateus Argenta
Foto por Mateus Argenta
Foto por Mateus Argenta
Foto por Mateus Argenta
Assessoria de Imprensa - FAS/Procon