1. Início
  2. Notícias
  3. 2021
  4. Agosto

FAS organiza novo programa sobre paternidade

Objetivo é elevar a participação do homem nas tarefas de cuidado e planejamento familiar

Publicada dia

A Fundação de Assistência Social (FAS) deve dar início, em setembro, a uma experiência piloto do Programa P, voltado ao Primeira Infância no Sistema Único da Assistência Social. A iniciativa tem a parceria do Instituto Promundo, uma organização brasileira líder no trabalho sobre masculinidade, com a visão de que os homens e os meninos devem ser aliados na construção de espaços mais respeitosos e equitativos.

Na companhia da vice-prefeita de Caxias do Sul, Paula Ioris, a presidente da FAS, Katiane Boschetti da Silveira, detalhou a implantação do Programa P como metodologia para fortalecimento do exercício da paternidade e do cuidado durante o Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância da Região Sul, realizado de forma virtual promovido pelo Conselho Nacional de Justiça. “Temos a meta de aumentar a participação do sexo masculino nas tarefas de cuidado e planejamento familiar, com a divisão trabalhos domésticos, e trazer a paternidade como estratégia de busca pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, com a oposição a qualquer forma de violência”, afirmou.

O programa P contará com quatro fases. Terá início com capacitação dos agentes que trabalham nos programas Criança Feliz e Primeira Infância Melhor, e equipes técnicas de casas de acolhimento e casas lares. Na sequência, uma fase remota com jogos e espaço interativo e outra de sensibilização, com atividades diversas, como rodas de conversa e desenvolvimento de espaços de partilha de ideias entre os homens. Para encerrar, uma avaliação de impacto por meio de visitas domiciliares, questionamentos, grupo de controle e tratamento.

Ela destacou que o plano de governo da gestão municipal atua com olhar sistêmico, de forma transversal entre as políticas públicas, dividindo o trabalho por dimensões, considerando que uma mesma família acessa diferentes serviços públicos, como assistência social, saúde e educação. “O plano de governo contempla programas de primeira infância. O Programa Infância Melhor foi criado na cidade em 2005. Com a chegada do Criança Feliz em 2017, foi possível complementar as ações com recursos financeiros e uma oferta maior de atendimentos. Já atendemos 6.542 famílias, 7.458 crianças e 1.710 gestantes em 93 comunidades”, relatou.

A “Valorização da parentalidade: apoio às famílias para formação e fortalecimento de vínculos na primeira infância” foi o tema deste workshop. Com base nele, houve ainda debates sobre a prevenção da violência contra mulheres e crianças, incluindo as lacunas da Lei Maria da Penha em relação aos direitos infantis, a mediação em situações de divórcio litigioso envolvendo filhos, e a importância do respeito à cultura familiar de povos e comunidades tradicionais em programas e serviços de apoio às famílias com filhos na primeira infância.

O evento foi direcionado a integrantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, advogados, equipes psicossociais e jurídicas, parlamentares e servidores públicos. Também estiveram presentes representantes de instituições do sistema de garantia de direitos, assistência social, saúde, educação e conselhos tutelares, entre outros, da sociedade civil, pesquisadores e empresários da Região Sul e de outras partes do país.