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  3. 2023
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Dia Mundial do Acolhimento Familiar é oportunidade para engajamento da população em prática solidária

Só em Caxias do Sul, mais de 200 crianças e adolescentes afastados do convívio familiar podem receber ajuda

Atualizada dia

A atitude é louvável em tempo integral, mas existe, sim, uma data especificamente dedicada a lançar luz sobre um dos mais solidários gestos que uma pessoa – ou grupo – pode decidir oferecer à sociedade. Celebrado em todo planeta nesta quarta-feira (31), o Dia Mundial do Acolhimento Familiar será aproveitado pela Fundação de Assistência Social (FAS) para convidar a população a refletir – e preferencialmente, agir – em torno do tema. Atualmente, Caxias do Sul acolhe mais de 200 crianças e adolescentes afastados de suas famílias por alguma questão de risco ou violação de direitos. Destas, quatro encontram-se abraçadas por alguma Família Acolhedora.

Para entender: o acolhimento é uma medida de proteção, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), destinada a crianças e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de sua família de origem. É uma medida excepcional e provisória, que pode ser aplicada por meio de três modalidades: abrigo institucional, casa lar ou família acolhedora. A última delas conta com um serviço exclusivo da FAS para ser desenvolvida em Caxias do Sul.

Com atendimento em ambiente familiar e residencial, a ideia é garantir atenção individualizada e convivência social e comunitária para crianças e adolescentes afastados de suas famílias por decisão judicial. A exemplo das demais modalidades, a Família Acolhedora consiste em um expediente temporário, até que seja encontrada uma solução de caráter permanente para a criança ou adolescente. Seja pela reintegração familiar ou, excepcionalmente, pela adoção. Acolhimento familiar e adoção são conceitos distintos. A começar pelo tempo de duração: o acolhimento é temporário; a adoção é definitiva.

“O estabelecimento de vínculos afetivos tem grande efeito positivo na vida de qualquer pessoa. O ambiente familiar é comprovadamente reconhecido como o mais adequado para propiciar a continuidade do desenvolvimento integral das crianças e adolescentes que foram separados de suas famílias de origem”, explica a diretora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da FAS, Franciele Roso.

A experiência, tanto quanto delicada, pode ser extremamente enriquecedora para todos os envolvidos. O serviço de Família Acolhedora seleciona, capacita e habilita famílias interessadas em acolher em suas casas, crianças ou adolescentes, de zero a 18 anos, que estão em medida protetiva, e que passam a morar na residência da família acolhedora, por tempo determinado (normalmente até 18 meses). A família recebe um subsídio financeiro mensal para auxiliar nas despesas do acolhimento da criança ou adolescente.

“De modo geral, as pessoas possuem muito receio quando falamos em acolhimento familiar, pois bate forte a questão do apego, do sentimento de que estará devolvendo a criança, quando na verdade o apego é algo estruturante para a vida daquela criança e daquele adolescente naquele momento da sua vida. Trabalhamos muito isso com as famílias e com as crianças. A tempestade passa, a vida continua. E o vínculo pode ser mantido, se for o desejo das partes, mesmo após o acolhimento”, explica a coordenadora do serviço em Caxias do Sul, Ingrid Bays.

Quem quiser conhecer melhor a proposta pode fazer contato com a equipe do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, na Rua Os Dezoito do Forte, nº 422, Bairro Lourdes (em frente ao prédio da FAS). O atendimento também está disponível também pelos números de whatsapp (54) 98425.0425 e (54) 99198.6784, pelo e-mail familiaacolhedora@fas.caxias.rs.gov.br e nas redes Instagram e Facebook pelo perfil @familiaacolhedoracaxiasdosul. As inscrições também podem ser feitas por meio de Formulário disponível no site da FAS pelo link Famílias Acolhedoras.

Fotos: Samuel Maciel / PMCS